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O Cheiro dos Livros

Depois de ser uma aventura radiofónica resume-se agora a uma forma de manter a minha biblioteca pessoal organizada...

O Cheiro dos Livros

Depois de ser uma aventura radiofónica resume-se agora a uma forma de manter a minha biblioteca pessoal organizada...

Rapsódia Alentejana de Branca Braga de Macedo

Milheiras, 30.03.14

 

 

Título: Rapsódia Alentejana

 

Autor:  Branca Braga de Macedo

 

 

Acabei de ler hoje este livro, era daqueles que andavam lá na prateleira e ainda não me tinha apetecido ler....

É um livro de memórias que a autora salpica de alguma ficção. No entanto tenho de ser honesta não gostei muito do livro, talvez porque conheço bem demais a vila Alentejana onde se desenrolam a maior parte das histórias.

Sei, que muitas delas fazem parte da vida real e noutros tempos eram assim que se passavam, e até nos nossos dias se passam.

Mas acho que o livro se foca no lado sombrio e escuro, e não é esse lado,  que eu gosto de recordar...

Rapsódia Alentejana de Branca Braga de Macedo

Milheiras, 25.03.14

 

Título: Rapsódia Alentejana

Autor:  Branca Braga de Macedo

 

Editora: Bertrand Editora

Data de Publicação: 2006

Encadernação: Capa Mole - 116 páginas páginas

Idioma: Português

ISBN: 9789722515122

 

Sinopse

O titulo, "Rapsódia Alentejana", remete, ao longo do livro, para andamentos musicais (Scherzo, Andante, etc.) São certamente apontamentos/melodias ou talvez aguarelas incisivas da vida quotidiana de outros tempos da localidade alentejana. São lembranças de vultos, com as suas qualidades e vícios, de pequenos factos próprios de uma comunidade bem característica não só do Alto Alentejo, como também de um Portugal em vias de extinção. Com referências à primeira metade do Século XX, e mais concretamente aos anos sessenta e oitenta, estes textos retratam tipos sociais, profissões, costumes, tradições, testemunhadas e vividas pela "narradora".

Estes difíceis amores - Júlio Machado Vaz

Milheiras, 02.11.11

Estes Difíceis Amores

 

Sempre tive interesse em ler os Olhos nos Olhos, mas como não encontrava "Estes dificeis Amores" acabou por ser a minha 1ª leitura das obras de Júlio Machado Vaz. Gostei bastante, dividido por várias histórias de fácil leitura. Bastante Interessante!

 

 

 

Excerto
 
"Eis-nos aqui. Domingo de sol, passeio junto ao mar, esses olhos azuis que o desejo nublava fitam-me transparentes, agressivos de tão risonhos, "como estás?". Como estou? E tu que achas, vendo-te assim acompanhada? Ele tem bom aspecto, sorriso franco, nada indica o ciúme de paixão mal resolvida da tua parte; sente-se seguro. Esqueceste-me . Pior!, já és minha amiga. Pronto querida, vou ser politicamente correcto. O tempo, o amigo comum que encontraste e me acha cansado, a etiqueta, "este é o...". Que interessa o nome?, é o teu homem, "muito prazer". Ele sorri, sabe que não sinto a frase, mas compreende, afinal sou o tipo que perdeu a mulher que ele não dispensa. Um silêncio constrangido entre os dois que resolves com à-vontade, "foi bom ver-te". Era necessário humilhar-me tanto? Uma vontade imensa de te abanar - "sou eu, lembras-te?, tinhas a certeza que era o amor da tua vida" -, acorda!, ainda podemos... Os dois afastando-se, o braço dele sobre os teus ombros, o segredo ao ouvido e esse cabelo, onde me perdia, volteando ao ritmo da gargalhada. Serias incapaz da chacota a meu respeito, é outra a razão, simples e infernal - estás feliz. E uma parte de mim, ainda tímida, quase clandestina, deixa cair os braços e reconhece derrota e culpa, fica grata pelo que me deste e murmura um "boa sorte" que todo o resto do que sou fita horrorizado.
Será isto, finalmente, o amor? "