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O Cheiro dos Livros

Depois de ser uma aventura radiofónica resume-se agora a uma forma de manter a minha biblioteca pessoal organizada...

O Cheiro dos Livros

Depois de ser uma aventura radiofónica resume-se agora a uma forma de manter a minha biblioteca pessoal organizada...

Vergílio Ferreira (Biografia)

Milheiras, 16.06.23

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira Alta, a meio da tarde do dia 28 de janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira, fogueteiro, e de Josefa Ferreira, doméstica, que, em 1927, emigraram para o Canadá (ou Estados Unidos), em busca de uma vida melhor, ficando Vergílio com os irmãos mais novos, César e Judite. Esta dolorosa separação é descrita em Nítido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco - é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos 12 anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.

Em 1936, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D. João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J" que, publicou em 1946, no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca refugiada em Portugal, com quem Vergílio ficará até à sua morte. Após uma passagem pelo liceu de Évora (onde escreveu o mundialmente conhecido romance "Aparição", corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.

A 3 de setembro de 1979, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e, Vergílio Ferreira interpreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como: Eunice Muñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos Wallenstein.

A 4 de fevereiro de 1989, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito.

Em 1992 foi eleito para a Academia das Ciências de Lisboa; no mesmo ano recebeu, pelo conjunto da obra, o "Prémio Camões", o mais importante prémio literário dos países da língua portuguesa.

Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996, em sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal, porém, o seu pedido para que o caixão onde fora enterrado, ficasse virado para a Serra da Estrela, não foi exatamente concretizado.

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Verg%C3%ADlio_Ferreira.

Alegria Breve de Vergílio Ferreira

Milheiras, 02.06.23

Título: Alegria Breve
Autor: Vergílio Ferreira
ISBN: 9789897222054
Editor: Quetzal Editores
Idioma: Português
Encadernação: Capa mole
Páginas: 272
 
 
Excerto:
 
«Ganharei o jogo? Perco sempre. Porque tentar ainda? Ganhar uma vez. Uma vez só. Às vezes penso: ganhar uma vez e não jogar mais. Esqueceria as derrotas, a memória do homem é curta. E no entanto... Começo a sentir-me bem, perdendo. Quer dizer: começo a não sentir-me mal. A capela de S. Silvestre já não brilha. Mas ainda se vê bem. É triste o entardecer, boiam coisas mortas na lembrança, como afogados. Uma nuvem clara passa agora não sobre o monte de S. Silvestre, mas sobre o outro, o pico d’El-Rei. É um pico menos aguçado, forma um redondo de uma cabeça. Há quanto tempo já lá não vais? Para o lado de trás, vê-se o sinal de uma aldeia (aldeia?), um sinal breve, trémulo, branco. Quando se olha, o tempo é imenso, e a distância — a vida é frágil e temos medo. Dou xeque duplo, vou-te comer a torre, Padre.»

O Caminho Fica Longe de Vergílio Ferreira

Milheiras, 26.05.23

 
Título: O Caminho Fica Longe
Autor: Vergílio Ferreira
ISBN: 9789897222627
Editor: Quetzal Editores
Idioma: Português
Encadernação: Capa mole
Páginas: 368
 
 
 

Sinopse

«O Caminho Fica Longe foi o primeiro romance de Vergílio Ferreira, escrito em 1939 e publicado em 1943. Juntamente com Onde Tudo Foi Morrendo e Vagão J, integra a trilogia neorrealista que inaugura a obra romanesca de Vergílio Ferreira. Esta edição, que aqui se publica, inclui as alterações que Vergílio Ferreira introduziu sobre a primeira edição, de resto apreendida pela censura.» Da Apresentação de Helder Godinho

A Gorda de Isabela Figueiredo

Milheiras, 05.05.23

 
Título: A Gorda
Autor: Isabela Figueiredo
ISBN: 9789722128339
Editor: Editorial Caminho
Idioma: Português
Encadernação: Capa mole
Páginas: 288

 

Sinopse

Maria Luísa, a heroína deste romance, é uma bela rapariga, inteligente, boa aluna, voluntariosa e com uma forte personalidade. Mas é gorda. E isto, esta característica física, incomoda-a de tal modo que coloca tudo o resto em causa. Na adolescência sofre, e aguenta em silêncio, as piadas e os insultos dos colegas, fica esquecida, ao lado da mais feia das suas colegas, no baile dos finalistas do colégio. Mas não desiste, não se verga, e vai em frente, gorda, à procura de uma vida que valha a pena viver.

Lara Morgado (biografia)

Milheiras, 07.04.23

 

Nasceu em 1981 no Porto. Licenciada em Psicologia, desde sempre se dedicou à escrita literária. No ano 2000 fundou o grupo de teatro X-Acto. Assinou a dramaturgia e encenação de dezenas de peças de teatro com apresentações em salas de espetáculo de todo o país. Foi ainda responsável pela realização de trinta produções teatrais no âmbito da sua atuação profissional. Em 2012 lança o seu primeiro livro, Por Acaso - casos de vida casos de morte, mas é com Sete Minutos, em 2013, que se assume como romancista. Em 2016 foi o lanaçamento de As cores de Branca.  Participou ainda em vários projetos televisivos, sendo autora e guionista da série Dentro, com estreia na RTP1 em 2016.

 

 

 

Contos Tradicionais do Povo Português (uma seleção) de Teófilo Braga

Milheiras, 24.03.23

 
Título:  Contos Tradicionais do Povo Português (uma seleção)
Autor: Teófilo Braga
ISBN: 978-972-0-72863-0
Editor: Porto Editora
Idioma: Português
Encadernação: Capa mole
Páginas: 144
 
 

Sinopse:

Contos Tradicionais do Povo Português (uma seleção)

Histórias de reis, príncipes, condes, cavaleiros, sargentos, mágicos, meninas feias, meninas bonitas, sapateiros, ermitões, velhinhas, ladrões, fadas, anões, bois, galinhas, lobos, baratas... Histórias ricas em ensinamentos seculares e, como árvores, com raízes tão profundas que ajudam a conhecer e compreender a identidade da cultura portuguesa.

A pesca da Baleia e outras narrativas de Raul Brandão

Milheiras, 03.03.23

 
Título:  A pesca da Baleia e outras narrativas
Autor: Raul Brandão
ISBN: 978-972-0-72678-0
Editor: Porto Editora
Idioma: Português
Encadernação: Capa mole
Páginas: 80
 
 

Sinopse:

A Pesca da Baleia e outras narrativas
Baleia! baleia!... Larga! larga!... Lá vai a arça!... Trancou a baleia! trancou a baleia!
Embarca na vida árdua dos pescadores dos Açores no início do século XX, na grandiosidade de um dos momentos mais importantes da comunidade insular - a pesca da baleia - e na beleza serena do oceano que banha as ilhas e lhes dá a vida. Deixa que Raul Brandão te revele as imagens; capta os sons; sente os sabores; e inala os aromas do arquipélago.

O Castelo de Faria e outras narrativas de Alexandre Herculano

Milheiras, 17.02.23

Título: O Castelo de Faria e outras narrativas
Autor: Alexandre Herculano
ISBN: 978-972-0-72705-3
Editor: Porto Editora
Idioma: Português

Encadernação: Capa mole

Páginas: 64

Sinopse:

A Idade Média, em Portugal, está repleta de pequenas grandes histórias de heróis que cairiam no esquecimento não fosse a vontade patriótica de Alexandre Herculano os tornar imortais: o alcaide que defende, com a sua vida, o Castelo de Faria contra os Castelhanos; a firmeza de D. Afonso Henriques frente à tirania do poder da Igreja; e o lendário Lidador, que, com 95 anos de idade e 80 de luta, inspira uma das vitórias dos Portugueses contra os Mouros.

A Abóbada de Alexandre Herculano

Milheiras, 03.02.23
Título: A Abóbada
Autor: Alexandre Herculano
ISBN: 978-972-0-72676-6
Editor: Porto Editora
Idioma: Português

Encadernação: Capa mole

Páginas: 96

 

Plano Nacional de Leitura
Leitura recomendada para o 8.º e para o 11.º anos de escolaridade.

 

Sinopse:
O arquiteto português Afonso Domingues desenha uma complexa abóbada para o Mosteiro da Batalha, mas fica cego, em 1401, antes de a edificar… O rei D. João I contrata, então, um arquiteto irlandês, mestre Ouguet, para a terminar, que não acredita no projeto inicial. Uma delas desaba... a outra ainda hoje lá está! Mas a de quem?
A história da construção desta abóbada podia ser um simples e aborrecido relato, mas é digna de um romance elaborado. Assim é este e muitos outros episódios da História de Portugal, que Alexandre Herculano tão bem soube glorificar!


Almoço de Domingo de José Luís Peixoto

Milheiras, 04.05.21
Almoço de Domingo
 
Título: Almoço de Domingo
Autor: José Luís Peixoto 
ISBN: 9789897224607
Edição/Reimpressão: 03-2021
Editor: Quetzal Editores
Idioma: Português
Dimensões: 147 x 234 x 24 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 264
 
Sinopse

Um romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.

Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.