Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Cheiro dos Livros

Depois de ser uma aventura radiofónica resume-se agora a uma forma de manter a minha biblioteca pessoal organizada...

O Cheiro dos Livros

Depois de ser uma aventura radiofónica resume-se agora a uma forma de manter a minha biblioteca pessoal organizada...

Nenhum Olhar de José Luís Peixoto

Milheiras, 21.05.10

 

 

Apesar de viver numa terra muito pequena do interior, sempre houve uma grande promoção da cultura e não era raro, irem autores, pintores, escultores e outros artistas mostrar as suas obras.

Nunca tinha ouvido falar no José luís Peixoto como escritor, estávamos no ano de 2001. Só conhecia o José luís Peixoto por ser o rapaz  que tinha uma chaminé onde se tinha de por os pés lá no alto... (lareira), pouco comum para aqueles lados quando os pais dele construíram a  casa.

Os meus pais insistiram para ir com eles ver a apresentação do livro, o meu pai que me conhece literariamente um pouco melhor, olha que tu vais gostar. Mas eu do alto dos meus 19 anos decidi não ir. E não fui.

Ao fim de 2 a 3 oras os meus pais regressaram a casa o meu pai empunhando orgulhosamente um livro autografado pelo José Luís Peixoto. O meu pai dizia o rapaz é mesmo parecido com pai. Por aquilo que ele lá apresentou parece-me que vou gostar do livro, não queres ver?" A minha mãe falou antes de eu responder " Tu deves gostar...Eu não percebi nada!"

E a medo lá, comecei a folhear o livro. Gostei do que li, mas o meu preferido é o Morreste-me!

 

Sinopse
"Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face à dificuldade. «... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final...»"